quinta-feira, setembro 28, 2006

"O que é um Churrasco ?"


(Do Ponto de Vista da mulher)
"O churrasco é o único cozimento que um homem faz; quando um homem se propõe para realizar um, a cadeia dos acontecimentos é a seguinte:
01 - A mulher vai ao supermercado comprar o que é necessário.
02 - A mulher prepara a salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa.
03 - A mulher tempera a carne, dispõe-na numa bandeja com os talheres necessários enquanto que o homem está deitado junto à churrasqueira, bebendo uma cerveja.
04 - O homem coloca a carne no fogo.
05 - A mulher vai para dentro de casa pôr a mesa e verificar o cozimento dos legumes.
06 - A mulher diz ao marido que a carne está queimando.
07 - O homem tira a carne do fogo.
08 - A mulher arranja os pratos e coloca-os na mesa.
09 - Após a refeição, a mulher traz a sobremesa e lava a louça.
10 - O homem pergunta à mulher se ela apreciou não ter que cozinhar.. e perante o ar aborrecido da mulher, conclui que elas nunca estão satisfeitas...

(Do Ponto de Vista do homem)

01 - Nenhum churrasqueiro é tonto o suficiente para pedir à mulher para fazer as compras para um churrasco, pois ela vai trazer cerveja Kaiser, um monte de bifes, asas de frango e uma peça de picanha de 4,800 Kg que o açougueiro disse ser "Ótima", pois não conseguiu empurrar para nenhum homem.
02 - Salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa? Ela prepara isto só para as mulheres comerem. O homem come só a carne.
03 - Temperar carne??? Na carne só se joga sal grosso na hora de assar e pronto. Bandeja com talheres? Só se for para as frescas. Homem que é homem, come com as mãos.
04 - Coloca a carne no fogo??? A carne vai para a grelha ou para um espeto que tem que ser virado à toda hora.
05 - Legumes??? Como eu já disse, só as mulheres comem isso.
06 - Carne queimando??? O homem só deixa a carne queimar quando a mulherada reclama: " Não quero comer sangue " ; " Isto está muito cru..." Deixa passar um pouquinho mais ( após a décima vez que você oferece o mesmo pedaço que estaria no ponto uma hora antes ). Ou seja, elas acabam comendo carne em forma de carvão, tão mole e suculenta quanto o espeto.
07 - Ainda bem que somos nós é que tiramos a carne do fogo, pois se fossem elas, comeríamos carvões como os descritos no parágrafo anterior.
08 - Pratos??? Só se for para elas mesmas!!!!
09 - Sobremesa? Só se for mais uma Skol. Lavar louça?? Só usei meus dedos!!! (limpei na calça).
10 - Realmente, ninguém nunca vai entender as mulheres.... Nem elas nunca vão entender o que é um churrasco!!!!!"
Este texto é apenas uma sátira, nós homens não vivemos sem as mulheres. Obrigado por vocês existirem e terem paciência conosco.
Adaptado por Hiran - Autor desconhecido.

domingo, setembro 17, 2006

"Um Poema de Chaplin"

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e
esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só pra escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade,
já tive medo de perder alguém especial!
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida...
e você também não deveria passar.
Viva!!!


Por Chaplin !

sexta-feira, setembro 08, 2006

"Carta de um Profano a Outro"

Zé!,
Priciso ti contá esta história.
Tava eu numa noite dessas procurando uma loja de coisas da tua profissão prá comprá o seu presente de Natal, quando encontrei um predião que me apontaram, tudo aceso, cheio de gente. Eta turma boa.
Perguntei: "Aqui é loja de pedreiros?"- Invés de resposta, só foi abraço. Descobriram logo que sou mecânico, Zé, porque todo mundo me perguntava onde ficava a minha oficina.
Lojona bonita aquela, com quadros, tapetes, ventiladores, até livro de visitas tinha que assiná. Gozado, com aquele calorão doido, queriam saber quantos graus estava fazendo e não tinha termômetro. Devia tá mais de 30, então "carquei" lá no livrão: 33. Acho que acertei na mosca, porque todo mundo me abraçava bastante.
Depois todo mundo entrou pro salão onde tava as mercadorias. Tinha cuié de pedreiro, prumo, nível, esquadro, alavanca, compasso, régua, até pedra. Tinha também mesas e cadeiras que não acabava mais. Acho que algumas dessas mesas tava com o tampo solto porque os caras pegaram uns martelinhos e começaram a batê. Até a porta devia está emperrada, porque um sujeito começou a batê com o cabo de um espeto.
Depois pensei que um indivíduo lá era cego. Perguntou onde sentava fulano..., onde sentava o sicrano..., queria saber que horas eram..., coitado! Teve um espírito de porco que falou prá ele que era meio-dia em ponto. E não é que ele acreditou!
Depois outro sujeito foi perto dele e começaram a cochichar aqui e ali. Um deles reclamou de um tal de Arão que fez um estrago com óleo. Disse que derramou na cabeça, na barba e no vestido de uma tal de Dona Orla. Confirmei qie o cara era cego porque ele falou que a loja tava aberta e então olhei e vi que tava fechada. Nessa hora notei que até lá você era conhecido. Sentiram sua falta e começaram a perguntar: "e o Zé?, e o Zé?, e o Zé?".
Depois aguentei um tempão um sujeito falá umas baboseiras que não entendí nada e, até que enfim, mandaram fazer as propostas. Veio outro sujeito recolher elas com saquinho e então mandei a minha: dava cinqüenta mangos naquela corda pindurada lá em cima, toda enroscada.
Sabe? O cara tava se fazendo mesmo de cego. Ele leu a minha proposta e não disse nada. Acho que fui munheca demais. Aí inventaram que estava chovendo, que tinha goteira na loja e acabaram me pondo prá fora.
Tá certo, Zé, era justo, era perfeito. Mas se acharam pouco o valor que eu escreví, bem que podiam fazer uma contraproposta, não acha?

Por Ari Casarini de Carvalho.

domingo, setembro 03, 2006

"O Palácio e o Templo"

Sempre tive admiração pelas pessoas capazes de lembrar dos seus sonhos, com detalhes, pois isso, para mim, é bastante difícil. Às vezes, consigo pinçar uma ou outra imagem que acaba perdida no burburinho dos meus pensamentos e nunca me preocupei com a interpretação ou com o significado desses detalhes aflorados.
Durante a noite de sexta-feira, no entanto, aconteceu o inusitado: Tive um sonho em que me foi possível fixar um detalhe; um curtíssimo, mas importante detalhe e gostaria de compartilhar com vocês esse episódio, por considerar que está profundamente ligado à nossa caminhada e à nossa busca pelo entendimento dos mistérios mais profundos da nossa essência, os quais desvelam o nosso verdadeiro Ser. Eis o sonho:
Sonhei que estava em uma campina onde havia uma espécie de ruína, ou os restos de uma antiga construção. Ali, sentado em uma das pedras do que fora um muro, estava um velho, descalço, de barbas e cabelos longos, trajando uma vestimenta semelhante à dos antigos essênios do Mar-Morto. Imaginei que fosse um Mestre da Sabedoria Arcana. Na mão direita, segurava um cajado nodoso e de seu olhar fluiam sensações de paz, harmonia e, principalmente, confiança..
Olhando-me, docemente, disse o ancião: “Se tens um palácio de aventura, abençoa-o!” Em seguida, desapareceu...”. Passei o resto da noite, quase em vigília, pensando no assunto, todas as vezes que me pegava acordado.
Acordei procurando encontrar algum significado para a frase, com um sentimento incrível de perda, por não poder ter tido a oportunidade de prolongar aquele prenúncio de diálogo, sem dúvida, profundo e benéfico para o meu espírito.
De manhãzinha, quando já via os raios do Sol bisbilhotando a veneziana do quarto, recebi o prêmio pela persistente busca; em minha mente formou-se toda uma imagem que transfiro para esse texto, agradecendo ao velho sábio e à minha intuição que se pôs em atividade:
Dependendo do ângulo em que se veja a questão, um “palácio” e um “templo” têm suas semelhanças, pois ambos foram construídos para a residência de algum rei. Um palácio é a morada de um soberano.
Em um palácio habita um rei do mundo terreno, entregue ao luxo de vivenciar a matéria com todos os seus desejos e prazeres, dedicando-se à uma vida de regalias, de excessos e de aventuras.
O templo, entretanto, é a habitação do Divino, do Supremo Soberano, do Grande Arquiteto do Universo. É lá onde se vivencia a ligação com o sagrado; onde se experimenta a conexão com as profundezas do espírito e onde está a simbologia que aponta para as leis que regem o Universo.
Cada um de nós, ao aceitar a etapa de aprendizagem nesse plano terreno, recebe uma construção que lhe servirá de morada; o corpo físico. Com o emprego do livre arbítrio escolhemos o que iremos fazer dele transformando-o em um palácio ou em um templo.
Poderemos, com o emprego da vontade, transformá-lo em um palácio de aventuras, se o reinante for o nosso “ego”. Nesse caso, o palácio servirá para atender aos incessantes e crescentes apelos dos cinco sentidos, buscando satisfazer-lhes as exigências, que a cada momento se apuram e se multiplicam.
Os vassalos, a criadagem e a corte, nesse palácio, são os nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, cada vez mais fiéis ao ego reinante, orientado pelos nossos conceitos e pré-conceitos nascidos da formação mundana que recebemos, oposta aos ensinamentos que nos conduzem às vivências evolutivas para o caminho do aperfeiçoamento ou da polidura.
As visitas recebidas nesse palácio, tão estreitamente ligadas ao soberano, trazem os presentes diletos que vêm com a sensualidade luxuriosa, a gula, a preguiça, avareza, a vaidade, a ira, a intolerância, a deslealdade, o orgulho e todos os vícios que as acompanham.
Esses visitantes deixam o palácio repleto de fuligens que se agregam pelas paredes, representadas pelos resíduos das drogas entorpecedoras, das fumaças que alteram os estados de consciência, de todas as substâncias químicas injetadas nas instalações hidráulicas, bem como os alimentos corrosivos que são armazenados nas despensas reais, enfraquecedores dos alicerces dos corredores e dos salões.
As formas-pensamento liberadas pela ação dos visitantes e dos presentes criam conseqüências, cujos resultados serão os ajustes reclamados pela Lei Universal de Causa e Efeito...
Foi aí que consegui entender as palavras do sábio ancião: “Se tens um palácio de aventura, abençoa-o!”. Entendi que abençoar o “palácio”, significa a ação transformá-lo em “templo”. Isto é, prepará-lo, com todo o sacrifício que isso significar, para transformá-lo na condidgna habitação da Divindade, que é a sua verdadeira finalidade.
Para isso, é necessário que nos dediquemos, com todo o nosso esforço e toda a nossa vontade, à tarefa limpar os resíduos corrosivos do palácio, “construindo masmorras aos vícios e levantando o templo para as virtudes” que são as convivas do Grande Arquiteto do Universo.
Essa “bênção” de que nos falou o velhinho é a nossa entrega às atitudes responsáveis como obreiros que sentem em seus próprios corpos a habitação Daquele que preside toda a Criação, em todos os Universos. Essa bênção foi expressa pelo Mestre Jesus quando disse aos “doze”: “Acaso não sabeis que sois templos do Divino e que o Espírito Santo reside em vós?” Afirmação também reforçada em outra máxima quando nos alertou ser impossível “servir, ao mesmo tempo, a dois senhores...”
Nunca mais esqueci o sábio conselho do velhinho....

Por O Aprendiz:.